ASTROFOTOGRAFIA DA LUA

 

Fotografia afocal: câmera em frente à ocular

Requisito mínimo: Binóculos ou luneta apoiada sobre tripé e qualquer câmera fotográfica.

Simplesmente ajuste a luneta para a Lua (preferencialmente em quarto crescente, não cheia) no centro do campo e focalize corretamente. Segure a câmera co  sua objetiva em frente à ocular da luneta. Se for uma câmera SLR verifique no visor da câmera a qualidade da imagem. Se for uma digital compacta, o visor digital mostrará o foco e o alinhamento adequados.

 

ASTROFOTOGRAFIA DE CÉU PROFUNDO (DEEP-SKY OBJECTS)

 

Nivel I

Montagem: tripé fixo, sem acompanhamento.

Requisito mínimo: câmera com exposição "B" (bulb) e tripé.

Exposição limitada  a poucos segundos devido à rotação da terra.

 

 

Nível II - Sobre plataforma equatorial, com acompanhamento manual

(também conhecido como Barn door tracker ou Scotch mount ou Haig mount)

Requisito mínimo: mesmo do nível I acima mais plataforma equatorial de fabricação caseira.

Exposição de 5 minutos, excepcionalmente até 15 minutos com perfeito alinhamento polar.

 

Nível III - Sobre montagem equatorial  econômica motorizada

(ou fotografia em "piggy-back" , pois normalmente a montagem equatorial faz parte de um telescópio, que não é utilizado diretamente na fotografia)

Tempo de exposição dependendo principalmente da precisão do alinhamento polar. Utilizando-se objetiva comum da máquina fotográfica, normalmente 50mm de distância focal, podem-se fazer exposições de até 30 minutos, sem guiagem, desde que tenha havido um ótimo alinhamento polar. Utilizando-se de teleobjetivas (de 100 a 300 mm de distância focal), os tempos máximos de exposição sem guiagem podem ser de 10 minutos (100mm) ou 5 minutos (300mm). Acima disso, torna-se necesária a guiagem manual, através da ocular reticulada do telescópio montado paralelamente à camera, para pequenos ajustes.

Requisito mínimo: câmera com controle de exposição “B” (bulb) mais montagem equatorial motorizada. Para imagens com mais detalhes, a câmera fotográfica deve ser do tipo SLR (single lens reflex), que permite troca de objetivas, além da necessidade óbvia da teleobjetiva, que também pode ser de fabricação caseira, como a mostrada na foto abaixo.

 

NOTA:

Em todas as etapas acima, pode ser utilizada câmera digital SLR, ou DSLR (digital single lens reflex). Esta apresenta uma grande vantagem, que é a possibilidade de stacking ou “empilhamento” de múltiplas imagens sucessivas feitas do objeto desejado. Este empilhamento de muitas fotos de pequena exposição permite um resultado bem melhor que o obtido com exposição única. Adicionalmente, compensa os problemas de acompanhamento ou guiagem imprecisa, típicos de exposições mais longas.

Retorne à página inicial e clique no link “Principais objetos de céu profundo sob diversas técnicas” para constatar a diferença  conseguida com uma câmera DSLR sobre câmeras com filme, além de vários exemplos das técnicas acima em um mesmo objeto.

Nota: a utilização de câmeras digitais compactas ou "point and shoot"  para astrofotografias de objetos de céu profundo (galáxias, nebulosas) é possível somente se a câmera possuir o modo "B", existente somente nas câmeras mais sofisticadas. Mesmo assim, os resultados são inferiores aos obtidos com filme, devido ao elevado ruído da imagem digital, característico do tamanho reduzido dos pixels dos sensor, da ordem de 2 micrometros. Por outro lado, a utilização de câmeras DSLR (digital single lens reflex), além de permitir a troca das objetivas por teleobjetivas, ainda apresenta a vantagem de um sensor com pixels maiores, da ordem de 6 micrometros, muito mais sensíveis e com baixo ruído. Isto, aliado ao fato de a imagem ser digital e assim permitir tratamento digital facilitado da imagem, traz resultados melhores.

 

  Autor:

paulo.krieser@terra.com.br

Atualizado em: 06/05/2012

 

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